Charles Spencer Chaplin é a principal referência do cinema mudo. Mas também do cinema sonoro. Foi actor, realizador, argumentista, produtor, compositor e músico. Nasceu em Londres, no ano de 1889.

Charlot ‘nasceu’ no segundo filme de Chaplin (1915) e acompanhou-o por mais de 20 anos. Charlot é um vagabundo refinado, usa um fato apertado e gasto, em contraponto com umas calças largas e sapatos enormes. É reconhecido, também, pelo seu chapéu de coco, bengala de bambu e um inconfundível bigode minúsculo. Ficou conhecido por filmes muito divertidos, de constantes tropelias, trapalhadas e asneiradas. Este vagabundo é muito especial — tem boas maneiras, uma grande dignidade e está sempre pronto a ajudar os outros, a denunciar as injustiças sociais, a defender os desprotegidos, nunca aceitando a derrota.

Para Chaplin, o seu criador, Charlot é, ao mesmo tempo, um vagabundo, um tipo rejeitado, um gentleman, um poeta, um sonhador, um romântico e um aventureiro... que nunca se submete a ninguém. Enfim, é o eterno rebelde.

Em 1952, Chaplin é expulso dos Estados Unidos, em 1954, recebeu o prémio do Conselho Mundial da Paz, em 1972, um Óscar pela sua carreira e, em 1975, foi condecorado Sir Charles Chaplin, pela rainha de Inglaterra. Faleceu na noite de Natal de 1977.

Este espectáculo, que se afirma como uma espécie de homenagem, é constituído por 14 quadros cénicos inspirados em diferentes filmes de Charles Chaplin. É adaptação, na medida em que alguns são representados respeitando o original. É recriação, porque outros quadros são (re)criados a partir do original que serve de ponto de partida. E também cometemos a ‘heresia’ de inventar na íntegra quadros a partir de uma determinada cena ou ideia do criador.

abril / maio de 2008